Como a eleição americana pode afetar a economia brasileira?
06 de Novembro de 2020, 17:13
A economia dos Estados Unidos é uma das mais influentes do mundo - logo, quando há incertezas por lá, todos os países são impactados.
A economia dos Estados Unidos é considerada a maior do mundo. A estimativa atual do PIB americano é de aproximadamente US$20,8 trilhões. O segundo no ranking é a União Europeia, com cerca de US$14,9 trilhões.
A economia brasileira, com seus atuais US$1,36 trilhão, cabe mais de quatro vezes só nessa diferença entre primeiro e segundo lugar.
É por isso que o dólar também tem um peso enorme: por ser a moeda de uma economia tão potente, ele é a referência monetária mundial. O dólar é usado, por exemplo, como:
- Reserva monetária de bancos e governos;
- Referência para a política cambial de outras moedas;
- Moeda base para compra e venda de commodities (bens e produtos estratégicos comercializados em todo o mundo, como petróleo e soja).
É natural, portanto, que grandes eventos nos Estados Unidos tenham um impacto mundial. Afinal, a manutenção ou troca de um governo pode implicar em mudanças no cenário econômico.
Como o Brasil é diretamente impactado pelas eleições americanas?
Os Estados Unidos são, hoje, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. No entanto, nenhum dos dois principais candidatos à presidência (Donald Trump e Joe Biden) apresentaram propostas profundas sobre o comércio com o Brasil ou a América Latina no geral.
Não é possível ainda falar de impacto direto na economia brasileira sem cair em especulação, já que quaisquer mudanças no relacionamento entre os dois países dependem de muitos fatores e alinhamentos políticos.
A relação comercial é um dos principais pontos de atenção, assim como o eventual apoio dos Estados Unidos à entrada do Brasil na OCDE.
O futuro dos Estados Unidos
O resultado da eleição dos Estados Unidos ainda é muito incerto. As projeções atuais indicam que Joe Biden tem mais chances de vencer, mas o sistema americano é complexo e a contagem de votos pode levar de dias a semanas.
No meio tempo, os mercados já se antecipam à decisão e reagem com as previsões. As bolsas da Europa, por exemplo, começaram o dia das eleições em alta – a vitória de Biden é considerada favorável às economias europeias, já que existe a expectativa de laços comerciais melhores com um governo Democrata e um pacote de estímulos maior.
Já o dólar, que começou o dia 3 de novembro em queda, voltou a subir ao longo do dia.
Há especialistas que consideram um dólar mais baixo caso Biden vença, enquanto outros afirmam que a moeda deve se estabilizar próxima ao que já está.
O que se sabe com certeza é que a eleição atual é uma das mais importantes na história recente dos Estados Unidos. Cerca de 100 milhões de eleitores votaram antecipadamente, como permite o sistema dos Estados Unidos, e os estados com resultado mais incerto (os chamados swing states) ainda são um mistério.
A contagem dos próximos dias e semanas será decisiva para que o cenário econômico do futuro – e como ele afeta o Brasil – fique mais claro.
Fonte: https://blog.nubank.com.br/eleicao-americana-economia-brasileira/
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